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segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Turma 2004 - Imperialismo


Queridos,

Segue abaixo os exercícios que resolvemos em aula sobre Imperialismo. O gabarito também...

Para qualquer dúvida, estou por cá!

Abraço carinhoso,
Prof@ Alessandra


Imperialismo
01.       (VUNESP) Ao final do século passado, a dominação e a espoliação assumiram características novas nas áreas partilhadas e neocolonizadas. A crença no progresso, o darwinismo social e a pretensa superioridade do homem branco marcaram o auge da hegemonia européia. Assinale a alternativa que encerra, no plano ideológico, certo esforço para justificar interesses imperialistas:
a)    A humilhação sofrida pela China, durante um século e meio, era algo inimaginável para os ocidentais.
b)    A civilização deve ser imposta aos países e raças onde ela não pode nascer espontaneamente.
c)     A invasão de tecidos de algodão do Lancashire desferiu sério golpe no artesanato indiano.
d)    A diplomacia do canhão e do fuzil, a ação dos missionários e dos viajantes naturalistas contribuíram para quebrar a resistência cultural das populações africanas, asiáticas e latino-americanas.
e)    O mapa das comunicações nos ensina: as estradas de ferro colocavam os portos das áreas colonizadas em contato com o mundo exterior.

02. A industrialização acelerada de diversos países, ao longo do século XIX, alterou o equilíbrio e a dinâmica das relações internacionais. Com a Segunda Revolução Industrial surgiu o imperialismo, cuja característica marcante foi o(a):
a)    substituição das intervenções militares pelo uso da diplomacia internacional;
b)    busca de novos mercados consumidores para as manufaturas e os capitais excedentes dos países industrializados;
c)     manutenção da autonomia administrativa e dos governos nativos naquelas áreas conquistadas;
d)    procura de especiarias, ouro e produtos tropicais inexistentes na Europa;
e)    transferência de tecnologia, estimulada por uma política não-intervencionista.

03. (FAETEC) Ata Geral da Conferência de Berlim, em 26 de fevereiro de 1885:
"Capítulo I: Declaração referente à liberdade de comércio na Bacia do Congo...
Artigo 6° - Todas as Potências que exercem direitos de soberania ou uma influência nos referidos territórios comprometem-se a velar pela conservação dos aborígines e pela melhoria de suas condições morais e materiais de existência e a cooperar na supressão da escravatura e principalmente do tráfico de negros; elas protegerão e favorecerão, sem distinção de nacionalidade ou de culto, todas as instituições e empresas religiosas, científicas ou de caridade, criadas e organizadas para esses fins ou que tendam a instruir os indígenas e a lhes fazer compreender e apreciar as vantagens da Civilização."
a) Pela leitura do texto acima e pensando no conceito de Imperialismo, explique a ideologia do colonialismo europeu e as "vantagens da Civilização" no texto citadas.

04. (PUC) A expansão neocolonialista do século XIX foi acelerada, essencialmente:
a) pela disputa de mercados consumidores para produtos industrializados e de investimentos de capitais para novos projetos, além da busca de matérias-primas;
b) pelo crescimento incontrolado da população européia, gerando a necessidade de migração para África e Ásia.
c) pela necessidade de irradiar a superioridade da cultura européia pelo mundo;
d) pelo desenvolvimento do capitalismo comercial e das práticas do mercantilismo;
e) pela distribuição igualitária dos monopólios de capitais e pelo decréscimo da produção industrial.


Gabarito:
1- B
2- B
3- Nessa questão você deve lembrar que o Europeu que busca mercados consumidores para seus produtos e também matérias primas para a indústria, tem em sua ideologia a "missão civilizadora", como se a Europa estive num nível de superioridade civilizatória e, portanto, teria a "missão" de levar a civilização aos povos que considerava inferiores, primitivos. Para entender como pensava o europeu  no século XIX volte à questão 1 e à sua resposta: "A civilização deve ser imposta aos países e raças onde ela não pode nascer espontaneamente". Essa frase resume bem a ideia. 
04- A   


Turma 3004 - Guerra Fria

Falando de Guerra Fria para nossa prova, tenha em mente entender o que foi, por que aconteceu e como foi. Essas, são as questões centrais do assunto e que serão cobradas não apenas em nossa prova bimestral, como em todas as provas externas que fizerem, nas quais o assunto for abordado.

Os sites do Brasil Escola  e do Info Escola possuem pequenos resumos que ajudam a entender o assunto melhor. Seguem os links:

http://www.brasilescola.com/geografia/guerra-fria.htm

http://www.infoescola.com/historia/guerra-fria/

Se precisarem de qualquer ajuda, me procurem!

Um abraço carinhoso,
Prof@ Alessandra

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Turma 3004 - Descolonização da África

Turma 3004 de 2013

Queridos,

Segue abaixo o mesmo texto da última aula (sobre descolonização da África) com exercícios. Coloquei no final o gabarito das questões.
Se tiverem dúvidas, me procurem!

Lembre-se que prova terá também as questões referente à Guerra Fria. Vou colocar num outro post o vídeo do Telecurso sobre a Guerra Fria que passei para vocês em aula, ok?!

Um abraço carinhoso,
Prof@ Alessandra



Segue o texto:

A descolonização da África

A descolonização tornou-se possível no após-1945 devido a exaustão em que as antigas potências coloniais se encontraram ao terem-se dilacerado em seis anos de guerra mundial, de 1939 a 1945. Algumas delas, como a Holanda, a Bélgica e a França, foram ocupados pelos nazistas, o que acelerou ainda mais a decomposição dos seus impérios no Terceiro Mundo. A guerra também as fragilizou ideologicamente: como podiam elas manter que a guerra contra Hitler era uma luta universal pela liberdade contra a opressão se mantinham em estatuto colonial milhões de asiáticos e africanos?
A Segunda Guerra Mundial se debilitou a mão do opressor colonial, excitou o nacionalismo dos nativos do Terceiro Mundo. Os povos asiáticos e africanos foram assaltados pela impaciência com sua situação jurídica de inferioridade, considerando cada vez mais intolerável o domínio estrangeiro. Os europeus, por outro lado, foram tomados por sentimentos contraditórios de culpa por manterem-nos explorados e sob sua tutela, resultado da influencia das ideias filantrópicas, liberais e socialistas, que remontavam ao século 18. Haviam perdido, depois de terem provocado duas guerras mundiais, toda a superioridade moral que, segundo eles, justificava seu domínio.
Quem por primeiro conseguiu a independência foram os povos da Ásia (começando pela Índia e Paquistão, em 1946). A maré da independência atingiu a África somente em 1956. O primeiro pais do Continente Negro a consegui-la foi Ghana, em 1957. Em geral podemos separar o processo de descolonização africano em dois tipos. Aquelas regiões que não tinham nenhum produto estratégico (cobre, ouro, diamantes ou petróleo) conseguiram facilmente sua autonomia, obtendo-a por meio da negociação pacífica. E, ao contrário, as que tinham um daqueles produtos, considerados estratégicos pela metrópole, explorados por grandes corporações, a situação foi diferente (caso do petróleo na Argélia e do cobre no Congo belga). Neles os colonialistas resistiram aos movimentos.
No continente africano, o Egito foi a primeira nação independente, alcançando a sua independência entre as duas guerras mundiais. Posteriormente, na década de 50, mais de 20 nações tornaram-se independentes.
Entre as nações que tornaram-se independentes na década de 50, podemos destacar : MarrocosTunísia, Líbia, Sudão, Etiópia, África do Sul e Gana. Na década de 60, outros países surgiram como Argélia, Mali, Niger, Tchad, Zaire, Senegal, Tanzânia, QuêniaSomáliaNigéria, entre outros.
Depois da década de 60, somente as colônias portuguesas como Angola e Moçambique, continuaram a luta pela independência alcançada somente na década de 1970. Em Angola e nas outras colônias portuguesas, a luta pela emancipação fora reforçada após a Revolução dos Cravos, que finalizou o fascismo em Portugal.
Em Angola ocorreu a presença de três grupos guerrilheiros : FNLA ( Frente Nacional de Libertação de Angola), UNITA ( União Nacional pela Independência Total de Angola) e o MPLA ( Movimento Popular de Libertação de Angola), a luta foi encerrada em 1976, com a vitória da MPLA mantida pela URSS.
A Argélia, colônia francesa, era uma região muito rica e promissora, que interessava às empresas francesas; o presidente de Gaulle propôs dar autonomia à colônia, proposta não aceita pelos argelinos que lutaram pela separação completa através da Frente de Libertação Nacional.

1 - Defina África.
2 - Como você definiria o conceito de descolonização?
3 - Quando se fala em descolonização tem-se a sensação que esta parte dos povos africanos ou do povo europeu? Justifique sua resposta.
4 - O que impedia o processo de independência dos povos africanos? Justifique.
5 – Há relação entre a condição socioeconômica atual dos diferentes povos africanos com o Neocolonialismo e com o processo de descolonização? Explique sua resposta.

6 - (Fuvest) Assolado pela miséria, superpopulação e pelos flagelos mortíferos da fome e das guerras civis, a situação de praticamente todo o continente africano é, neste momento de sua história, catastrófica. Este quadro trágico decorre:
a) de fatores conjunturais que nada têm a ver com a herança do neocolonialismo, uma vez que a dominação colonial européia se encerrou logo após a segunda guerra mundial.
b) exclusivamente de um fator estrutural, posterior ao colonialismo europeu, mas interno ao continente, que é o tribalismo, que impede sua modernização.
c) da inserção da maioria dos países africanos na economia mundial como fornecedores de matérias-primas cujos preços têm baixado continuamente.
d) exclusivamente de um fator estrutural, externo ao continente, a espoliação imposta e mantida pelo Ocidente que bloqueia a sua autodeterminação.
e) da herança combinada de tribalismo e colonialismo, que redundou na formação de micro-nacionalismos incapazes de reconstruir antigas formas de associação bem como de construir novas.

7 - (Fgv) O genocídio que teve lugar em Ruanda, assim como a guerra civil em curso na República Democrática do Congo, ou ainda o conflito em Darfur, no Sudão, revelam uma África marcada pela divisão e pela violência. Esse estado de coisas deve-se, em parte,
a) às diferenças ideológicas que perpassam as sociedades africanas, divididas entre os defensores do liberalismo e os adeptos do planejamento central.
b) à intolerância religiosa que impede a consolidação dos estados nacionais africanos, divididos nas inúmeras denominações cristãs e muçulmanas.
c) aos graves problemas ambientais que produzem catástrofes e aguçam a desigualdade ao perpetuar a fome, a violência e a miséria em todo o continente.
d) à herança do colonialismo, que introduziu o conceito de Estado-nação sem considerar as características das sociedades locais.
e) às potências ocidentais que continuam mantendo uma política assistencialista, o que faz com que os governos locais beneficiem-se do caos.

8 - (Pucsp) "A economia dos países africanos caracteriza-se por alto endividamento externo, elevadas taxas de inflação, constante desvalorização da moeda e grande grau de concentração de renda, mantidos pela ausência ou fraqueza dos mecanismos de redistribuição da riqueza e pelo aprofundamento da dependência da ajuda financeira internacional, em uma escala que alguns países não tiveram nem durante o colonialismo".
Leila Leite Hernandez. "A África na sala de aula". São Paulo: Selo Negro Edições, 2005, p. 615.
O fragmento caracteriza a atual situação geral dos países africanos que obtiveram sua independência na segunda metade do século XX. Sobre tal caracterização pode-se afirmar que:
a) deriva sobretudo da falta de unidade política entre os Estados nacionais africanos, que impede o desenvolvimento de uma luta conjunta contra o controle do comércio internacional pelos grandes blocos econômicos.
b) é resultado da precariedade de recursos naturais no continente africano e da falta de experiência política dos novos governantes, que facilitam o agravamento da corrupção e dificultam a contenção dos gastos públicos.
c) deriva sobretudo das dificuldades de formação dos Estados nacionais africanos, que não conseguiram romper totalmente, após a independência, com os sistemas econômicos, culturais e político-administrativos das antigas metrópoles.
d) é resultado exclusivo da globalização econômica, que submeteu as economias dos países pobres às dos países ricos, visando à exploração econômica direta e estabelecendo a hegemonia norte-americana sobre todo o planeta.
e) deriva sobretudo do desperdício provocado pelas guerras internas no continente africano, que tiveram sua origem no período anterior à colonização européia e se reacenderam em meio às lutas de independência e ao processo de formação nacional.

9 - (Uerj) A África subsaariana conheceu, ao longo dos últimos quarenta anos, trinta e três conflitos armados que fizeram no total mais de sete milhões de mortos. Muitos desses conflitos foram provocados por motivos étnico-regionais, como os massacres ocorridos em Ruanda e no Burundi.
(Le Monde Diplomatique, maio/1993 - com adaptações.)
Das alternativas abaixo, aquela que identifica uma das raízes históricas desses conflitos no continente africano é:
a) a chegada dos portugueses, que, em busca de homens para escravização, extinguiram inúmeros reinos existentes
b) a Guerra Fria, que, ao provocar disputas entre EUA e URSS, transformou a África num palco de guerras localizadas
c) o Imperialismo, que, ao agrupar as diferentes nacionalidades segundo tradições e costumes, anulou direitos de conquista
d) o processo de descolonização, que, mantendo as mesmas fronteiras do colonialismo europeu, desrespeitou as diferentes etnias e nacionalidades

10 - (Cesgranrio) "Morre um homem por minuto em Ruanda. Um homem morre por minuto numa nação do continente onde o Homo Sapiens surgiu há um milhão de anos... Para o ano 2000 só faltam seis, mas a Humanidade não ingressará no terceiro milênio, enquanto a África for o túmulo da paz."
(Augusto Nunes, in: jornal O GLOBO, 6.8.94)
A situação de instabilidade no continente africano é o resultado de diversos fatores históricos, dentre os quais destacamos o(a):
a) fortalecimento político dos antigos impérios coloniais na região, apoiado pela Conferência de Bandung.
b) declínio dos nacionalismos africanos causado pelo final da Guerra Fria.
c) acirramento das guerras intertribais no processo de descolonização que não respeitou as características culturais do continente.
d) fim da dependência econômica ocorrida com as independências políticas dos países africanos, após a década de 50.
e) difusão da industrialização no continente africano, que provocou suas grandes desigualdades sociais.

11 - (Ufes) O presidente sul-africano ficou surpreso ao saber que, no Brasil, o maior país de população negra fora da África, se fala uma só língua e se pratica o sincretismo religioso.
("O Globo" - 23/7/98)
O texto se refere à visita ao Brasil do presidente sul-africano, Nelson Mandela, que combateu duramente os sérios problemas enfrentados pela África do Sul após se libertar da sujeição efetiva à Inglaterra. Uma das dificuldades por que passou o país foi a política de "apartheid", que consistia no(a)
a) resistência pacífica, que previa o boicote aos impostos e ao consumo dos produtos ingleses.
b) radicalismo religioso, que não permitia aos brancos professar a religião dos negros, impedindo o sincretismo religioso que interessava aos ingleses.
c) manutenção da igualdade social, que facilitava o acesso à cultura a brancos e negros, desde que tivessem poder econômico e político.
d) segregacionismo oficial, que permitia que uma minoria de brancos controlasse o poder político e garantisse seus privilégios diante da maioria negra.
e) desarmamento obrigatório para qualquer instituição nacional e exigência do uso exclusivo do dialeto africano nas empresas estrangeiras.

12 - (Fuvest 2011) África vive (...) prisioneira de um passado inventado por outros. 
Mia Couto, Um retrato sem moldura, In: HERNANDEZ, Leila, 
A África na sala de aula. São Paulo: Selo Negro, p.11, 2005. 
A frase acima se justifica porque 
a) os movimentos de independência na África foram patrocinados pelos países imperialistas, com o objetivo de garantir a exploração econômica do continente. 
b) os distintos povos da África preferem negar suas origens étnicas e culturais, pois não há espaço, no mundo de hoje, para a defesa da identidade cultural africana. 
c) a colonização britânica do litoral atlântico da África provocou a definitiva associação do continente à escravidão e sua submissão aos projetos de hegemonia europeia no Ocidente. 
d) os atuais conflitos dentro do continente são comandados por potências estrangeiras, interessadas em dividir a África para explorar mais facilmente suas riquezas. 
e) a maioria das divisões políticas da África definidas pelos colonizadores se manteve, em linhas gerais, mesmo após os movimentos de independência. 

13 - (Upf 2012) Analise a charge abaixo que apresenta alguns elementos dos processos de descolonização ou libertação da África negra durante o século XX. Aponte a assertiva correta com base na imagem e na história do processo de independência das colônias africanas. 

a) A descolonização foi uma iniciativa dos colonizadores, que, conscientes da importância do princípio de autodeterminação dos povos, afastam-se para deixar que cada nação africana ainda regida por europeus seja independente. 
b) Muitas lideranças africanas implementaram ditaduras pautadas na força quando da sua independência em relação aos europeus. 
c) A luta anticolonial foi estimulada pela Segunda Guerra Mundial, quando soldados das colônias foram incorporados aos exércitos nas batalhas da Europa e obtiveram direitos políticos para suas nações em função de sua participação na derrocada do nazifascismo. 
d) Apesar de alguns líderes africanos terem se destacado na luta pela independência, o processo foi solucionado de forma pacífica, evidenciando a conscientização de todos os envolvidos. 
e) O Pan-Africanismo visava congregar as nações independentes em entidades desportivas que auxiliassem na sua afirmação identitária nacional, fazendo uso da Copa da África, Copa do Mundo e Olimpíadas para reforçar a união de suas populações. 

14 - (Ufsm 2011) "A primeira coisa, portanto, é dizer-vos a vós mesmos: Não aceitarei mais o papel de escravo. Não obedecerei às ordens como tais, mas desobedecerei quando estiverem em conflito com a minha consciência. O assim chamado patrão poderá sussurrar-vos e tentar forçar-vos a servi-lo. Direis: Não, não vos servirei por vosso dinheiro ou sob ameaça. Isso poderá implicar sofrimentos. Vossa prontidão em sofrer acenderá a tocha da liberdade que não pode jamais ser apagada." (Mahatma Gandhi) 
In: MOTA, Myriam; BRAICK, Patrícia. História das cavernas ao Terceiro Milênio. São Paulo: Moderna, 2005. p.119. 
"Acenderá a tocha da liberdade que não pode jamais ser apagada" são palavras de Mahatma Gandhi (1869-1948) que, no contexto da Guerra Fria, inspiraram movimentos como 
a) o acirramento da disputa por armamentos nucleares entre os EUA e a URSS, objetivando a utilização do arsenal nuclear como instrumento de dissuasão e amenização das disputas. 
b) a reação dos países colonialistas europeus visando a diminuir o poder da Assembleia Geral da ONU e reforçar o poder do Secretário Geral e do Conselho de Segurança. 
c) as concessões unilaterais de independência às colônias que concordassem em formar alianças econômicas, políticas e estratégicas com suas antigas metrópoles, como a Comunidade Britânica de Nações e a União Francófona. 
d) o reforço do regime de "apartheid" na África do Sul que, após prender o líder Nelson Mandela e condená-lo à prisão perpétua, procurou expandir a segregação racial para os países vizinhos, como a Rodésia e a Namíbia. 
e) o não alinhamento político, econômico e militar aos EUA ou à URSS, decisão tomada pelos países do Terceiro Mundo reunidos na Conferência de Bandung, na Indonésia. 

Gabarito: 6 - E   7 - D   8 - C    9 - D   10 - C   11 - D   12 - E   13 - B   14 - E

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Turma 2004 - Doutrinas Sociais do séc. XIX

Querida Turma 2004,

As postagens anteriores são para uma outra turma 2004, do ano passado. Para vocês, gostaria de deixar um link de umas questões, com gabarito, que servirão de base para eu usar em parte da prova. Mas lembre-se que também haverá questões sobre Imperialismo que usarão o texto e a folha de exercícios já discutidas em aula! (se quiserem também coloco aqui, ok?!)

Ao clicar no link você será direcionado para um arquivo em "pdf" de um professor (Ricardo Carvalho) com 20 questões sobre as Doutrinas Sociais do século XIX. Na verdade são 19 questões, pois a primeira não conta para o assunto a ser tratado e creio ter sido inserida no arquivo para evitar cópias.

Vou deixar abaixo também o texto que estou usando em aula com vocês, para quem não o tiver, e que ajuda a nortear as respostas.
O link é esse:
http://www.portalmodulo.com.br/userfiles/QUEST%C3%95ES%20-%20DOUTRINAS%20SOCIAIS.pdf

E o texto:

Doutrinas sociais no século XIX
§  Resumindo:
As terríveis condições de traba­lho e de vida do proletariado indus­trial inspiraram alguns pensadores a questionar a sociedade capitalista. No começo do século XIX, surgiram os pensadores socialistas. Os principais foram os franceses Saint-Simon e Fourier e o inglês Charles Owen. Eles criticavam o individualis­mo capitalista e propunham a criação de uma sociedade baseada na igualdade e no trabalho cooperativo.
Os mais destacados pensadores socialistas do século XIX foram os alemães Karl Marx e Friedrich Engels, autores do famoso Manifes­to comunista (1848). Eles acusaram os outros socialistas de serem “utópicos”, ou seja, de não conseguirem mostrar como se poderia destruir o capitalismo e construir uma nova sociedade. (“Utopia” significa “sonho bonito, masirrealizável”). Marx e Engels fundaram o socialismo científico. Na obra O capital (1867), Marx declara acreditar que tinha pro­vado cientificamente que o capitalismo seria sempre uma sociedade injusta e irracional. Pa­ra ele, o proletariado deveria se organizar e fa­zer uma revolução para tomar o poder, des­truir o capitalismo e o domínio da burguesia, e construir uma sociedade baseada na pro­priedade social (as empresas, as terras, os bancos etc. pertenceriam a toda a sociedade).
Outra doutrina política revolucionária do século XIX foi o anarquismo, cujo princi­pal defensor era o russo Bakunin. Os anar­quistas rejeitavam qualquer instituição na qual houvesse pessoas dando as ordens e pessoas obedecendo. Para eles, ninguém tem o direito de dar ordens a outro ser hu­mano. Por isso, os anarquistas eram contra a propriedade privada, o capitalismo e o Esta­do. Não participavam de eleições e não ti­nham partido político. Existiram diversos ti­pos de anarquistas. Uns eram totalmente pa­cifistas, outros recorriam ao terrorismo contra as autoridades etc.
Representantes do movimento operário europeu (socialistas utópicos, sindicalistas, marxistas, anarquistas etc.) fundaram em 1864 a Primeira Internacional, que tinha por ob­jetivo apoiar a luta dos trabalhadores do mun­do inteiro. Mas as disputas entre as várias cor­rentes políticas acabaram dissolvendo a Inter­nacional (1876).

§  Sistematizando
   Para justificar o mundo capitalista que se estruturava, temos o LIBERALISMO ECONÔMICO:
- Defesa da propriedade privada, da exploração do proletariado, do individualismo econômico da liberdade de comércio e de produção.
- Respeito às leis naturais da economia, liberdade de contrato de salários e jornadas trabalhistas, sem controle do Estado ou pressão dos sindicatos.
   Os maiores representantes dessas premissas são:
·       Adam Smith (1723-90), autor de “A riqueza das nações”, onde defende a divisão do trabalho e a livre concorrência, como ingredientes essenciais para aumentar a produção, buscando sempre a redução de custos, com vistas ao aumento do maior consumo pelo menor preço.
Para ele, a função do Estado seria zelar pelos direitos à propriedade e manter a ordem social.
·       Thomas Malthus (1766-1834), na obra “Ensaio sobre a população”, apresentou uma visão pessimista ao afirmar que a população crescia em progressão geométrica enquanto a produção de alimentos crescia em ordem aritmética. Nessa ordem, caberia ao Estado impedir o crescimento da população mais pobre, limitando-se a assistência e os cuidados dedicados aos mais carentes. Suas ideias influenciaram bastante o Parlamento inglês, que votou em 1834, a Lei dos Pobres, cuja ideia consistia em recolher emworkhouses (casas de trabalho), os desempregados e desabrigados. Nasworkhouses, os trabalhadores, divididos em alas por sexo, ficariam confinados e dali só sairiam para trabalhar em alguma fábrica, constituindo assim uma mão-de-obra barata ou quase escrava, que longe das ruas, não correria o risco de se proliferar.
·       David Ricardo (1772-1823), autor de “Princípios da economia política e tributação”, onde defendeu a Lei Férrea dos salários, ou seja, o trabalhador deve receber como salário apenas o mínimo suficiente à subsistência e nada mais.

   Em oposição ao mundo capitalista que se firmava, as primeiras ações contestatórias, vieram dos LUDITAS, ou seja, os quebradores de máquinas, que destruíam máquinas e fábricas, vistas como a razão da miséria e da exploração do trabalhador.    Os luditas foram duramente perseguidos e quando presos, deportados ou condenados à morte.
   A primeira ação do grupo data de 12 de abril de 1812, quando 350 trabalhadores entre homens, mulheres e crianças destruíram a tecelagem William Cartwright, próxima ao povoado  de Arnold no condado de Nottingham.
   A canção abaixo também nos dá uma ideia do que pretendiam os luditas:
"Bravos ludistas somos, para a quebra nós vamos!"
"Deus salve Ned Lud!"
"Máquinas para o inferno, queremos a nossa dignidade!"
"Quebrar é bom, junta-te a nós e salva a Europa!"
"Quebra! Quebra ou morre trabalhando!"
"Monstros do industrialismo, vos queremos quebrados!"
"Máquinas para o chão!"
"Bater! Bater! Bang Bang! Estes são o som da liberdade!"
"Quebra um, quebra dois, quebra três, quebra tudo! Tudo!"
   A partir de 1816 o movimento perdeu força devido à dura repressão exercida por 10 mil soldados encarregados especificamente do combate ao grupo. É um exemplo de que o Estado está a serviço do capital e da burguesia!
   Seguindo a mesma linha de contestação, porém entre os anos de 1838 a 1848, temos o movimento CARTISTA, que como o próprio nome indica, utilizava-se da CARTA DO POVO para comunicar “ao mundo” suas reivindicações:
- Participação política do operariado.
- Redução da jornada de trabalho.
- Substituição do voto censitário pelo sufrágio universal.
- Voto secreto.
   Mesmo sem grande número de adeptos, os cartistas conseguiram apoio parlamentar.

Trecho da Carta do Povo
Nós dizemos à honrada Câmara [da Grã-Bretanha] que [...] as leis que criam a carestia dos alimentos e as que rareiam o dinheiro devem ser abolidas. Os impostos devem recair sobre a propriedade, não sobre a indústria. O bem-estar de grande número, único fim legítimo, deve ser a única preocupação também do governo. [...]
Agrade pois, à respeitável Câmara, [...] esforçar-se, [...] em fazer  [...] uma lei que garanta a todo cidadão masculino maior, são de espírito e inocente de qualquer crime, o direito de votar para deputados do Parlamento, e que  institua o voto secreto para todas as eleições parlamentares futuras.
ARNAUT, Luiz D.H. Textos e documentos. Departamento de  História/Fafich/UFMG. s.d. www.fafich.ufmg.br/-luarnaut/cartism.PDF 
  
   Na linha doutrinária da contestação, temos o ANARQUISMO, movimento idealizado por dois Bakunin e Kropotkin, que eram categóricos ao dizer que a origem de todo mal é a existência do Estado, daí defenderem a existência de uma sociedade voltado para o auto abastecimento.  
    O SOCIALISMO UTÓPICO, foi desenvolvido por Saint-Simon (1760-1825), Charles Fourier (1772-1837), Robert Owen (1771-1859) e P.J. Proudhon (1809-1865).
   Defendiam uma sociedade sem exploração onde o Estado funcionasse como um regulador do bem estar-social
   Robert Owen colocou suas ideias em prática ao administrar por 25 anos um cotonifício em New Lanark, Escócia, onde a jornada de trabalho foi reduzida para 10 horas e os trabalhadores moravam ao redor das fábricas e ainda contavam com escolas que ofereciam instrução para os operários e seus filhos. De acordo com o pensamento capitalista da época, era um exemplo a ser destruído!
   O SOCIALISMO CRISTÃO, concebido a partir da publicação da encíclica papal Rerum Novarum em 1891, pretendia tornar o capitalismo mais humano. Combatia duramente as ideias marxistas por acreditar que elas não estimulavam o trabalho e geravam agitações sociais.
SOCIALISMO CIENTÍFICO, idealizado por Karl Marx (1818-1883) e Friedrich Engels (1818-1883), propunha não apenas a contestação, mas a modificação da sociedade através da revolução proletária, onde o mundo dividido em duas classes, explorados e exploradores, deixariam de existir.

As ideias e as atitudes
   Durante o século XIX, especificamente nos anos 60, o movimento e a luta operária ganhou força:
- I Internacional Operária (1864 – Londres) – marcada pelas divergências entre anarquistas, marxistas e sindicalistas.
- II Internacional (1889 – Paris) – marcada por propostas reformistas e adotando ideias da Social Democracia Alemã, sugeria uma transformação lenta e gradual da sociedade.
- III Internacional (1919 – Moscou) – assumiu o nome de Internacional Comunista (Komintern ou Comintern ) e consumou a separação entre socialistas e comunistas.


- IV Internacional (1938 – Paris) – pretendia ajudar os países a conquistarem o socialismo.





Espero que ajude e que estudem!
E lembrem-se que estarei aqui para ajudar!

Um abraço carinhoso,
Prof@ Alessandra